O quadro acima retratando o grito da independência dado por Dom Pedro I e pintado pelo prestigiado artista Pedro Américo em 1888 em Paris por encomenda de seu filho, na época o Imperador Pedro II, é o retrato de um herói que foi vendido por atacado durante o regime da Ditadura Militar no Brasil. Era figurinha carimbada nas aulas de OSPB, Organização Social e Política Brasileira a qual aqueles com mais de quarenta anos devem lembrar-se, embora nestas mesmas aulas nunca tivessem mencionado que aqueles homens não montavam cavalos e sim mulas e que Pedro estava padecendo de uma diarreia brava. Na verdade, Pedro de Alcântara Francisco Antônio João
Carlos Xavier de Paula Miguel Gabriel Rafael Joaquim José Gonzaga
Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, ou Pedro I do Brasil e Pedro IV de Portugal, era um homem de temperamento forte, algumas vezes tão rude que após a morte de Dona Leopoldina, cogitou-se a hipótese de a Imperatriz ter sofrido agressões do marido, algo que, segundo exumação recente, não ocorreu. No entanto, seu temperamento aliado à sua impetuosidade e acrescido do tempero de bon vivant et bon amant, foram também as causas da sua decadência político-administrativa. Extremamente inteligente, proclamou a independência de um país que já nascia falido e devendo. Soube como ninguém dar uma identidade ao Brasil. Puniu com rigor aqueles que ousaram desafiá-lo e foi protagonista de muitos escândalos amorosos na Corte. Em 1831 a situação tornou-se insustentável e, por sorte ou destino, a Corte Portuguesa requeria sua atenção e cuidados para uma disputa sucessória ao trono. Assim ele deixou o Brasil. E nunca mais voltou. Faleceu em 24 de setembro de 1834, aos 36 anos de idade, no mesmo Palácio Real de Queluz onde nascera em 1798.
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